KGROUND-COLOR: #ffff00">Esse artigo faz parte da revista Java Magazine edição 53. Clique aqui para ler todos os artigos desta edição.
NG>Wireless Update
Android vai de Java
Conheça e aprenda a desenvolver uma aplicação para o Android, a nova e aberta plataforma para celulares.
Em novembro deste ano, foi anunciada a criação da Open Handset Alliance, um grupo com mais de trinta empresas que tem o objetivo de construir uma plataforma aberta, nova e mais rica para aparelhos celulares. O grupo inclui operadoras de telefonia, fabricantes de chips e de celulares e empresas de software. Participam, entre outras empresas, Google (na liderança), T-Mobile, Telefonica, TIM, LG, Motorola, Samsung, Intel e NVidia.
Essa aliança disponibilizou a plataforma Android (também chamada de Google Android), que inclui um sistema operacional, aplicações intermediárias e serviços-chave para celulares, como agenda, envio/recepção de SMS, browser web e gerenciamento de ligações telefônicas. O sistema operacional da plataforma é baseado na versão 2.6 do kernel do Linux e atua como uma camada de abstração entre o hardware e o resto da pilha (stack) de softwares (veja a Figura 1).
Figura
A máquina virtual do Android foi desenvolvida pela Google e é chamada Dalvik. É diferente da JVM que conhecemos, pois não executa arquivos .class e sim .dex (Dalvik Executable). Uma característica importante deste formato é ser otimizado para menor uso de memória. A VM Dalvik executa classes compiladas pelo compilador do Java, que são transformadas para o formato .dex. Foi criada de forma que o dispositivo possa executar múltiplas máquinas virtuais eficientemente.
É importante destacar que o Android não é compatível com nenhuma das plataformas ME, SE ou EE. Trata-se, na verdade, de uma variante que suporta várias partes do Java, como a sintaxe da linguagem, o modelo de segurança e algumas APIs (sendo estas complementadas pelas APIs android.*). Isso torna o Android familiar e fácil de dominar para milhões de desenvolvedores Java, os quais basicamente só precisarão aprender algumas novas APIs e ferramentas.
O Android é altamente compatível com código e bibliotecas Java preexistentes (desde, é claro, que estas não utilizem APIs Java SE/ME não disponíveis no Android). Mesmo o uso de um formato binário diferente (.dex) não é grande problema, pois arquivos JAR podem ser convertidos em .dex.
O Google disponibiliza um kit de desenvolvimento (SDK) completo para o Android, o qual inclui um emulador e um plug-in para o Eclipse. O SDK está disponível para Windows, Linux e Mac OS X.
Preparando o ambiente
Na área de downloads do site da plataforma (code.google.com/android/download.html) faça o download do SDK para a versão do seu sistema operacional e descompacte o arquivo num local de sua preferência. Feito isso, é necessário adicionar o diretório das ferramentas do SDK (subdiretório tools) na variável de ambiente PATH.
O próximo passo é instalar o plug-in do Android para o Eclipse. A versão do IDE pode ser a 3.2 ou a 3.3. Também é necessário ter o JDK 5 ou 6 instalado. Inicie o Eclipse e chame Help>Software Updates>Find and Install. Na janela que aparecerá escolha o item Search for new features to install e clique
Você já pode clicar
Desenvolvendo uma aplicação
Tendo configurado o ambiente, vamos agora criar uma aplicação para entender melhor o plug-in e a arquitetura do Android. Criaremos um conversor de medidas, no qual podemos transformar valores entre metros, jardas e pés.
A aplicação terá apenas uma tela. Nela o a unidade de entrada será indicada em um componente android.widget.Spinner. O valor de entrada será fornecido em um ...