Esse artigo faz parte da revista Java Magazine edição 66. Clique aqui para ler todos os artigos desta edição

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Conhecendo a TV Digital

Desenvolvendo aplicações interativas para a TV Digital

Conceitos sobre TV digital, sobre o middleware brasileiro Ginga e uma aplicação de exemplo

 

 

De que se trata o artigo:

Com o artigo é possível começar a entender um pouco do que é a TV Digital, e ter uma visão de qual é o papel e a situação atual da tecnologia Java na TV Digital brasileira.

 

Para que serve:

Apresentar ao desenvolvedor Java a tecnologia da TV Digital, que envolve o aprendizado de conceitos desde a radiodifusão, até outras linguagens, como NCL e Lua.

 

Em que situação o tema é útil:

Para os desenvolvedores ávidos por inovações tecnológicas e novos paradigmas, o desenvolvimento de aplicações interativas para TV Digital promete ser uma grande oportunidade. Acompanhar e participar da evolução de todo este “ecosistema” desde o seu início pode ser uma boa aposta a médio e longo prazo.

 

Conhecendo a TV Digital:

No desenvolvimento de aplicações interativas para a TV Digital brasileira, além de Java, estão envolvidas também as linguagens NCL e Lua. O middleware responsável pelo ambiente de execução destas aplicações é o Ginga. Uma peça importante do Ginga é sua máquina de execução Java, o Ginga-J, que ainda se encontra em fase de especificação. A interatividade na TV Digital ainda não é uma realidade devido a vários aspectos técnicos, comerciais e regulatórios, mas atualmente já é possível para o desenvolvedor de software começar a se capacitar e criar aplicações com o auxílio de emuladores.

 

 

Desde sua inauguração, em dezembro de 2007, muito se tem falado sobre as vantagens da TV Digital no Brasil. Algumas delas já podem ser percebidas nas cidades onde está disponível, como melhor imagem, som envolvente, alta definição e mobilidade. Outra vantagem, mas que ainda não “decolou”, é a interatividade, o grande atrativo para os desenvolvedores de software.

Este artigo apresenta o que é necessário saber para começar a desenvolver aplicações interativas para a TV Digital: uma explanação breve sobre o que é a TV digital, o middleware brasileiro Ginga e uma aplicação de exemplo.

TV digital

O fluxo de um programa de TV pode ser dividido em três partes: produção, transmissão e recepção.

Na produção, o formato digital há muito tempo já é realidade, mas a transmissão e recepção se mantinham analógicas. A TV Digital proporciona a transmissão e recepção de maior quantidade de conteúdo por uma mesma freqüência (canal). Isso significa que a emissora pode alocar esse espaço para transmitir em HDTV ou SDTV, para outros programas no mesmo canal (multiprogramação), para conteúdo específico aos receptores portáteis (LDTV) e, como tudo que é transmitido está codificado em bits, também é possível enviar outros dados, além de vídeo e áudio. Esses dados consistem basicamente de informações sobre a programação (EPG), informações de controle e de aplicações interativas.

Para a recepção do sinal digital, é necessário um conversor (set top box) e uma antena de UHF. A transmissão analógica será mantida até 2016, durante o período de transição. Como não há espaço suficiente para acomodar o sinal analógico e o digital em VHF, o sinal digital por enquanto é transmitido em UHF. Após o desligamento do sinal analógico, haverá a possibilidade de realocação do sinal digital para VHF, ou até mesmo a criação de novos canais.

O conversor

Os televisores possuem um componente chamado sintonizador (ou tuner), que trabalham tanto com VHF como UHF, mas consegue sintonizar somente o sinal analógico. O conversor também possui um sintonizador, porém digital. Para que o sinal digital recebido pelo conversor seja enviado ao televisor, ele pode ser convertido para analógico, pelas saídas de vídeo composto, s-video ou vídeo componente, ou sem a necessidade de conversão através de uma saída HDMI. Esta é uma descrição do que chamamos de um “zapping box”, isto é, a única funcionalidade disponível no conversor é a troca de canal. O conversor pode ser muito mais do que isso, como veremos a seguir, pois possui componentes típicos de um computador, como CPU e memória, e opcionalmente interface de rede, modem ou HD.

Na transmissão do sinal digital, os bits de dados são “misturados” (multiplexação) com os bits de áudio e vídeo. Quando o sinal é recebido pelo conversor, ocorre a separação das informações (demultiplexação). Vídeo e áudio são processados e enviados pela saída correspondente do conversor para o televisor. Os dados, que podem ser aplicações, são processados pelos programas residentes, sendo um deles o middleware.

Aplicações interativas

Fazendo uma comparação com aplicações que rodam em PC, o teclado e o mouse são substituídos pelo controle remoto do conversor, e no lugar do monitor entra a tela do televisor. Mas na verdade, com os televisores LCD atuais, a diferença é cada vez menor. Ao desenvolver aplicações para TV Digital, é importante ficar atento às diferenças em relação a aplicações desenvolvidas para PC. Algumas delas são:

  • A distância do usuário em relação à tela da TV é em média, de dois a três metros, enquanto no PC é de 40 cm, por isso deve-se utilizar uma fonte maior na TV;
  • A audiência da TV é tipicamente coletiva, já no PC é individual;
  • Usabilidade controle remoto x teclado. No controle remoto não estão disponíveis tantas teclas quanto em um teclado QWERTY;
  • Devido à limitação de recursos do conversor, as aplicações têm um tempo de vida limitado;
  • Os textos e imagens das aplicações podem ser sobrepostos ao vídeo do programa, preferencialmente com transparência; ou redimensionar o vídeo para um tamanho menor que o da tela, e utilizar o espaço restante, sem a sobreposição. Em alguns casos não é permitido, por contrato entre o produtor do programa e a emissora, que caracteres gráficos sejam sobrepostos ao vídeo.

 

A interatividade pode ser local ou remota. A interatividade é chamada local quando a aplicação é executada no conversor e não há retorno de informações do usuário para a emissora, por exemplo, na consulta da tabela de classificação dos times, durante um jogo de futebol.

Se o conversor possuir uma interface de rede ou um modem, é possível o envio de informações de volta para a emissora através do canal de retorno, por exemplo, participando de alguma enquete, ou comprando algum produto associado a um comercial (T-commerce). Podemos considerar que a interatividade de certa forma já existe, pois o envio de mensagens via SMS ou e-mail já é comum na TV brasileira. A diferença está em que o usuário tem que tirar a atenção da programação da TV para enviar o SMS e o e-mail. Voltando mais no tempo, alguém se lembra de algo chamado carta? ...

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