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Noções sobre desenvolvimento PalmOS

Antes de iniciar o desenvolvimento no sistema operacional PalmOS, é bom que o desenvolvedor se acostume com algumas características e, principalmente, algumas limitações desta plataforma.

Primeiramente, o desenvolvedor deve ter atenção especial com o desenho dos formulários. Quando houver necessidade de campos para entrada de dados, é interessante deixar uma opção na aplicação para apresentar o teclado virtual do Palm automaticamente, agilizando a entrada de dados. Nem todos os usuários se acostumam facilmente à entrada de dados Graffiti do Palm (reconhecimento de escrita).

Outra característica importante no desenho dos formulários consiste em dispor os dados em formulários seqüencialmente permitindo navegação rápida, visto que o PalmOS não permite uso de barra de rolagem nos formulários para expandir sua área visual. Algumas aplicações que simulam este recurso na verdade utilizam um objeto visual chamado “Table” do PalmOS para entrada de dados. Como exemplo de utilização deste recurso, temos a aplicação de gerenciamento de contatos do Palm (Address Book). O uso de listas de itens, quando possível, é a melhor solução para seleção de dados pelos usuários.

Um erro comum de todo desenvolvedor iniciante no mundo PalmOS é pensar em substituir uma aplicação desktop por uma aplicação Palm, ou de carregar o equipamento com dezenas de bancos de dados com milhares de registros. O sistema operacional PalmOS possui limite de registros por banco de dados; suporta apenas 65505 registros por banco de dados em memória. Vale ressaltar aqui que um “banco de dados” no Palm é equivalente a uma “Tabela” como é conhecida tradicionalmente no desenvolvimento para aplicações que executam no Windows. Assim, não adianta querer transferir para o Palm sua tabela de Clientes com 100.000 registros.

As aplicações para o Palm devem ser desenvolvidas visando complementar sistemas corporativos, e não substituí-los. Apesar disto, o equipamento requer que os dados sejam transferidos de alguma forma entre o sistema da empresa e o Palm, o que é chamado de sincronismo de dados. Se o sincronismo de dados for local, onde o Palm é ligado diretamente ao desktop, a transferência de milhares de registros será demorada, mas viável. Se a única opção disponível para transferência de dados for a remota, via modem de linha convencional ou celular, devemos considerar também o custo envolvido na comunicação.

Recomendamos que o desenvolvedor dimensione os dados que devem ser manipulados pela aplicação no Palm, utilize o menor número de informações possível e faça uso de informações sintéticas quando aplicável. Exemplo: ao consultar a posição financeira de um Cliente, é necessário que todos os registros de duplicatas vencidas e a vencer sejam transferidos para o Palm? Não seria possível trabalhar com um período menor para consulta? Melhor ainda, não seria possível trabalhar apenas informações sintetizadas e consolidadas para a análise?

Uma outra limitação a que o desenvolvedor deve estar atento é que o PalmOS não possui índice, chave primária e relacionamento em seus bancos de dados. Isto implica em um trabalho a mais para o desenvolvedor, principalmente em consultas que envolvem critérios de busca variados. Existem bancos de dados comerciais como o Oracle Lite e IBM DB2 que amenizam um pouco estas limitações do sistema operacional, mas são pouco utilizados em virtude do custo, geralmente cobrado por usuário Palm.

Por fim, um outro conceito que sempre confunde os iniciantes na plataforma é o suporte de “arquivos”. No PalmOS, tudo o que se transfere para a memória do equipamento são “bancos de dados”. Até mesmo as aplicações Palm, arquivos que no Windows têm extensão PRC, são armazenados em forma de um “banco de dados” na memória do Palm. O sistema operacional não suporta arquivos, TXT, JPEG e BMP dentre outros. O que tiver que ser transferido para a memória do equipamento deve ser feito embutindo o conteúdo em um banco de dados Palm (arquivos com extensão PDB no Windows) antes de enviá-lo ao equipamento. Arquivos podem ser gravados no cartão de expansão de memória, mas é necessário que a aplicação saiba como tratar estes arquivos e utilizar as funções do sistema operacional para abri-los e manipulá-los.

Escolha da ferramenta

Escolher a ferramenta ideal para desenvolvimento PalmOS requer um pouco de atenção do desenvolvedor. Assim como em outros sistemas operacionais, o PalmOS também dispõe de um número grande de ferramentas e cada uma delas possui suas características. Ao analisarmos ferramentas devemos ter em mente alguns aspectos como:

Performance da aplicação. No Windows não precisamos nos preocupar com o tamanho do arquivo executável, pois temos memória facilmente expansível, farto local para armazenamento e processadores cada vez mais velozes para executar a aplicação. No PalmOS é diferente, o equipamento é um PDA (assistente pessoal digital) e apesar de alguns modelos terem processadores relativamente velozes, uma aplicação ainda pode ser lenta se a ferramenta de desenvolvimento gerar uma aplicação em código intermediário e se utilizar de um “runtime” (interpretador de comandos utilizado por algumas ferramentas) para executar a aplicação. Algumas ferramentas possuem conjuntos de executáveis “runtime” que ultrapassam 1 MB (um valor bastante alto).

Suporte aos recursos do equipamento e sistema operacional. Como regra geral, as ferramentas que geram código nativo (sem uso de “runtimes”) suportam acesso a todas as funções do sistema operacional PalmOS. Isto as tornam “flexíveis” fazendo com que possam ser empregadas em qualquer tipo de aplicação suportada pelo equipamento Palm. Já as ferramentas que têm “runtime” podem estar limitadas aos recursos disponíveis no próprio runtime. Um exemplo de limitação é o acesso a bibliotecas de comunicação de dados como SyncAnywhere (compactação e comunicação FTP, www.cialogica.com.br) e ASTA (acesso remoto online a bancos de dados relacionais, www.astawireless.com), bibliotecas de impressão (PrintBoy – www.bachmannsoftware.com e PalmPrint – http://www.stevenscreek.com), suporte a equipamentos proprietários como GPS (www.garmin.com) e integração com máquinas industriais para coleta de dados. No pior caso, o “runtime” pode não ter suporte ao acesso às bibliotecas externas. Já nas ferramentas que suportam acesso às funções da API do PalmOS, mesmo que o suporte de uma biblioteca à ferramenta ainda não esteja disponível, as bibliotecas podem ser facilmente adaptadas para funcionar com a ferramenta.

A Tabela 1 apresenta um quadro comparativo das ferramentas de desenvolvimento PalmOS mais utilizadas no Brasil.

 

Tabela 1. Quadro comparativo das ferramentas de desenvolvimento PalmOS mais utilizadas no Brasil.

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Desenvolvendo com PocketStudio 2

O PocketStudio é a ferramenta de desenvolvimento mais utilizada atualmente no Brasil, escolhida principalmente por desenvolvedores que necessitam de flexibilidade para construir todo tipo de aplicação para o Palm, desde as tradicionais aplicações com bancos de dados até aplicações que se comunicam com equipamentos industriais ou GPS. Há muitas razões pela qual os desenvolvedores preferem o PocketStudio:

·         IDE similar ao Delphi, com a mesma nomenclatura e disposição de janelas;

·         Gera executáveis pequenos, rápidos e nativos da plataforma Palm, sem uso de "runtime";

·         Possui acesso a toda as funções do sistema operacional PalmOS, o que significa que não há limites nos tipos de aplicações que podem ser desenvolvidas. Tudo o que a plataforma Palm suporta pode ser desenvolvido com o PocketStudio;

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