Modelagem de Dados - Complemento
Análise Sentencial
Por Mansueto G. Almeida
Companheiros e companheiras:
Tenho apenas uma justificativa (ou desculpa) pela demora: "as tartarugas fugiram" (artigo anterior)...
Um dos provérbios populares que mais gosto de usar em meu dia-a-dia é este: "estava montado na égua e perguntava por ela".
A maior parte das soluções encontra-se ao lado do problema ou, até mesmo, em seu enunciado. Basta ter serenidade e analisar corretamente. Porém, acredito que o óbvio não é para todos...
No anseio de sentar frente ao computador e "sair fazendo", muitos pensam em usar ferramentas e recursos ao invés de solucionar o problema. Imagine alguém que entra num carro e sai acelerando; sem ajustar o banco nem os retrovisores, sem colocar cinto de segurança e, pior, sem determinar o trajeto que percorrerá para chegar ao destino imaginado...
Outro provérbio popular: "quem não tem cabeça, tem pernas", ou seja, se não fizer direito, volte e faça novamente...
Isto acontece muitas vezes, certamente, com bancos de dados, programação e sistemas de informação!
Bem.
Anteriormente, falávamos da análise do modelo descritivo que resulta da abstração por observação, entrevista, etc.
É um processo que precede a representação formal.
Complementando o modelo descritivo anterior:
Pessoas possuem carros e moram em casas.
Uma pessoa com nome, data de nascimento e CPF pode possuir vários carros (dependendo, logicamente, de suas condições financeiras).
Os carros têm identificação de chassi, ano de fabricação, fabricante, modelo e cor, por exemplo.
Pessoas moram sozinhas ou acompanhadas em uma residência que, normalmente, tem número de registro no cartório, área construída, CEP e número.
Identificando substantivos, adjetivos, verbos e advérbios (quando houver), temos:
Figura 1. Representação conceitual do modelo descritivo após análise sentencial.
Observando as entidades e seus atributos, escolhemos os respectivos identificadores:
Figura 2. Escolhendo atributos identificadores para os conjuntos de entidades.
Atributos identificadores devem distinguir, de maneira única, as entidades em seus respectivos conjuntos.
Para completar o modelo conceitual, analisando a cardinalidade dos relacionamentos, temos:
Figura 3. Determinando cardinalidade entre conjuntos de entidades.
Nota 1:
Cardinalidade 1:N (um para muitos). Os atributos identificadores do "lado 1" passam a figurar também no "lado N", definindo melhor a "ligação" entre entidades.
Considerações:
Tenha cuidado ao elaborar e/ou analisar uma descrição porque se trata de um modelo incompleto e impreciso.
Sem perder detalhes importantes, devemos ser concisos, coesos e contundentes.
Nada de ficar "enfeitando o pavão".
Para não perder um tempo precioso, de fato, aconselho analisar o problema e elaborar uma solução antes de partir para uma implementação criando “tabelinhas” em um banco de dados.
Nada de “dar jeitinhos", "empurrar com a barriga" e esquivar-se da responsabilidade profissional.
Gambiarra é igual à mentira: para sustentar uma, tem que inventar outra!!!
Queridos leitores,
Agradecido.
DAQUELE JEITO...
Boa Sorte, Saúde e Cuca Fresca
Valeu?!
Críticas e sugestões: mansuetoalmeida@yahoo.com.br;
Links, bibliografia e bibliografia complementar
Vide artigo anterior
Mansueto Gomes de Almeida (mansuetoalmeida@yahoo.com.br) Especialista em análise de sistemas, com vivência de 24 anos ininterruptos em vários cargos e funções relativos a processamento de dados e tratamento da informação.
Trabalhou em várias empresas, com profissionais de diversas áreas, em muitos sistemas computacionais (do mainframe ao microcomputador e usou, até mesmo, os "lendários" cartões perfurados).
Tem 40 anos, é casado e tem um filho.
Atualmente, está analista de sistemas sênior na Universidade de Taubaté (concurso público) e professor no Centro Paula Souza (concurso público). Eventualmente, trabalha como consultor independente.