Sistemas de Informação Geográficas

 

No artigo de apresentação, falei que trabalho com Sistemas de Informação Geográficas (SIG). Esta uma área pouco conhecida dos profissionais de Bancos de Dados (BD), embora deva crescer em importância num futuro próximo.

Os motivos mais importantes são: (1) a popularização de aplicativos geográficos, sendo o Google Earth o mais famoso ; e (2) os investimentos da Oracle na área. Em um próximo artigo prometo falar exclusivamente do Oracle Spatial, mas, desde já, informo, porque a maioria não sabe, que todas as versões de Oracle incluem um pacote para auxiliar no desenvolvimento de aplicações geográficas, chamado Oracle Locator. Ou seja, 99% das empresas já fez o investimento necessário, mas não esta tirando proveito adequado dele.

Definição formal

Em uma definição formal, um SIG armazena e mantém dados geográficos, combinando-os, para obter novas representações do espaço geográfico. Como exemplo, uma aplicação de logística: a empresa possui suas fábricas, depósitos e clientes, desejando otimizar a distribuição dos seus produtos. Uma aplicação tradicional contém apenas listas de endereços. Uma aplicação SIG permitirá ao usuário visualizar em um mapa a localização de todos estes elementos. Adicionalmente, acrescenta-se algumas informações importantes para planejar o transporte, como estradas, ferrovias, aeroportos e portos. Qual das duas permitirá perceber a situação real mais facilmente: a relação de endereços obtida em uma aplicação comum ou o mapa completo?

Componentes

Um componente essencial de SIGs é o Sistema de Gerência de Bancos de Dados Geográficos (SGBDG), que permite manipular dados cuja geometria está referenciada à superfície planetária (leia-se, latitude/longitude). No mercado há várias opções, como PostGIS, Oracle Spatial e IBM DB2 Spatial Extender.

Através do SGBDG é possível resolver consultas espaciais simples, como “por quais cidades passa a BR101”, “qual o porto mais próximo de Canguçu/RS” e “qual o caminho mais curto entre Anapolina/GO e Taubaté/SP”.

Outro componente vital em um SIG é o gerador de mapas, responsável por ler as informações geométricas no SGBDG e montar um arquivo de imagem, em formatos populares, como JPG ou GIF, para que a aplicação possa mostrá-lo ao usuário. Aqui também há alternativas gratuitas, como MapServer, e proprietárias, como Oracle MapViewer.

Finalmente, nesta arquitetura de um SIG, há a aplicação final, que pode ser escrita em diferentes linguagens, como Java, PHP ou .NET. Ela que integrará os componentes básicos e deve atender ás necessidades dos usuários.

Conclusão

Na Internet estão disponíveis quatro livros de um dos principais pesquisadores da área no mundo, o Prof. Gilberto Câmara, atual diretor do INPE. O link é http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livros.html. Recomendo fortemente a leitura. Além disso, nos dias 19 a 22 de Novembro, ocorrerá em Campos do Jordão, o Geoinfo (http://www.geoinfo.info), evento que procura divulgar os progressos da área, envolvendo participantes de empresas, como a Oracle, e pesquisadores.