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Reinventando a roda (quadrada)
Muitos ramos de atividade são bastante conservadores e desconfiam de coisas novas. Meu advogdado, por exemplo, se recusa a dar uma conta de e-mail para cada pessoa que trabalha em seu escritório. Já conversei com ele e surpreendentemente existem razões lógicas para isso. Ele tem uma pessoa que lê todas as mensagens que chegam e as redistribui internamente, garantindo que nenhum e-mail é esquecido. Em um escritório de advocacia, esquecimentos podem ter conseqüências graves, como perder algum prazo ou ignorar alguma instrução do cliente.
Por outro lado, nós do ramo de informática estamos acostumados à adotar imediatamente as novidades, quase sem questioná-las. Existe uma forte crença de que tudo que é novo é melhor. Isso é óbvio com hardware: o Pentium III é melhor que o Pentium II, 512 MB de RAM é melhor que 128 MB. Já com produtos de software as vantagens das versões mais novas usualmente existem, mas a velocidade de adoção costuma ser limitada por problemas práticos de distribuição, compatibilidade e aprendizado.
