O departamento de Tecnologia de informação nas empresas deixou de ser um prestador de serviços interno e hoje passa a ser o alicerce fundamental no processo regulamentação da lei Sarbanes Oxley nas companhias, pois grande parte dos controles de ativos, declaração de impostos e controladoria passam pelo crivo da TI através de sistemas contratados ou desenvolvidos por este departamento, que além de gerar uma série de demandas extras que passam pela contratação de centenas de prestadores de serviços em algumas corporações até o fechamento de contratos milionários com fornecedores de hardwares e softwares.

O processo de Governança de TI dentro das companhias não basta apenas prover soluções tecnicamente corretas e sim deve envolver toda esta demanda em um processo totalmente transparente e ético, sejam para as questões estratégicas, técnicas ou operacionais. Para isto há métricas de avaliação, a exemplo do framework do Cobit: que fornece independente da plataforma de TI adotada pelas empresas, o total domínio no planejamento, aquisição, entrega e monitoração de todas as demandas absorvidas pelo departamento.

Com a aplicação da SOX, as boas práticas de gestão também se espalharam por todo o mundo, causando a alteração no portfolio de serviços oferecidos por diversas companhias fornecedoras, o que faz com que a adaptação e capacitação dos executivos de TI passem além da gestão da base instalada de sua plataforma tecnológica e faça com que estes profissionais transitem por novos territórios, tais como: finanças e controladoria, para alguns uma grande novidade e desafio de carreira.

Há quem pense que esta regulamentação se enquadre apenas para as grandes corporações, e isto acaba inibindo a especialização de alguns profissionais dentro deste processo. O que é uma inverdade, pois já há estudos realizados no Brasil que mostra uma forte tendência de empresas brasileiras de médio porte a se enquadrarem nesta nova prática de gonvernança. Uma vez que de acordo com a evolução e difusão da regulamentação, uma série de empresas para poderem prestar serviços ou venderem seus produtos a empresas que dependem de investimentos na Bolsa de Nova Iorque, terão que apresentar as suas metodologias de gerenciamento dentro de toda a cadeia de relações comerciais ligadas ao setor, pois o processo de gestão de fornecedores requer um rígido controle e como resultado da aplicação, mostrará ao mercado à proteção e transparência da instituição a qual se mantém uma relação de negócios.

Nas médias empresas é muito mais difícil encontrar métricas de avaliação que demonstrem se houve um retorno financeiro em um determinado investimento. Neste ponto é que entra o responsável pela TI, que deve mostrar o seu valor também como gestor de negócios, finanças e controladoria e não apenas em termos de disponibilidade do ambiente, comum no cenário nacional e presente nos profissionais mais tradicionais do mercado.

O Objetivo de toda esta nova roupagem a Tecnologia da Informação é fornecedor métricas e controles totalmente aferidos que estejam ligados diretamente com a qualidade e estratégia de negócios das companhias.