A Arquitetura de Sistemas de Informação tem como foco principal a análise das necessidades dos usuários dentro de um possível sistema a ser desenvolvido. Para isto, a mesma procura não se aprofundar em detalhes tecnológicos, mas sim se concentrar em que o cliente realmente precisa, levando em conta ainda as características do negócio em que o mesmo está inserido.

Logo, conclui-se que os analistas envolvidos neste processo terão de compreender o funcionamento, bem como os objetivos, da organização para a qual estão prestando este serviço.

Além disso, a Arquitetura de Sistemas de Informação visa a facilitar a comunicação entre os envolvidos na concepção do sistema sem que, contudo, tenha sido iniciada a construção do mesmo.

Em termos gerais, a Arquitetura de Sistemas de Informação pode ser um instrumento de grande valia aos profissionais de TI, uma vez que fornece a estes bases para um real entendimento das necessidades de um cliente. A fim de cumprir este objetivo, parte-se de um enfoque em que é priorizada compreensão do modelo de negócio em que a organização em questão está inserida e, consequentemente, às necessidades que surgem decorrentes desta representação e que serão ressaltadas pelos diversos usuários.

O fato deste tipo de arquitetura não se ater a questões tecnológicas, mas sim estar orientada ao entendimento do negócio, contribui também para que se estabeleça uma melhor comunicação com todos os interessados no projeto. Este foco voltado ao cliente é crucial para que o projeto que se está tentando implementar seja bem-sucedido.

A Arquitetura de Sistemas de Informação oferece ainda uma visão genérica do sistema a ser criado, possibilitando a consideração de alternativas em um ponto no qual mudanças ainda possuem facilidades para sua implementação a um baixo custo. Decisões de impacto ainda podem ser tomadas neste ponto, já que o mesmo estará precedendo a construção do sistema.

Deve-se ressaltar ainda que o estudo de cenários e a utilização casos de uso relativos ao negócio do cliente são de fundamental importância, sobretudo para atestar que os analistas realmente compreenderam aquilo que o cliente tentou lhes transmitir. Além de disporem de uma representação gráfica em que constam diferentes funcionalidades e agentes relacionados às mesmas (atores), é extremamente comum que casos de uso venham acompanhados por uma descrição textual. Esta última costuma detalhar as diversas necessidades a serem atendidas, bem como regras para se tomar como base e prováveis comportamentos de exceção que possam influenciar neste processo.

Tudo isso contribui não apenas para um melhor trabalho dos profissionais elencados para a implementação de uma solução, como também para se chegar a um acordo consensual entre a área de Tecnologia e aqueles que solicitaram o projeto.

Requisitos como desempenho, segurança, tolerância a falhas e facilidade de manutenção deverão ser colocados em pauta, sem que porém se avance no aspecto tecnológico da questão. Artefatos como especificações suplementares podem ser de grande valia neste ponto, uma vez que contemplam estes aspectos que não estão diretamente relacionados a funcionalidades do sistema, mas que podem ainda influenciar de maneira determinante a implementação do projeto em questão.

Se bem conduzida, este tipo de arquitetura pode levar o projeto a alcançar a satisfação do cliente. Assim sendo, um projeto bem definido conseguirá conquistar a confiança do cliente, ao mesmo tempo em que cumprirá os objetivos a que o mesmo se propôs.

Com isso se encerra mais um artigo abordando tópicos conceituais de TI. Até uma próxima oportunidade!